Reykjavik chamou a atenção do mundo em 1972. A capital da Islândia foi palco da partida do campeonato mundial de xadrez entre Boris Spassky e Bobby Fischer.
No auge da Guerra Fria, um americano rebelde enfrentando um jogador da União Soviética, numa época em que a antiga URSS detinha o monopólio na produção de campeões mundiais, era de facto notícia. E o mundo nunca tinha visto um jogador como Fischer.
Ele era um gênio, embora problemático. O triunfo de Fischer e a disputa pelo título mundial foram um ponto de viragem para o xadrez, que se tornou um desporto global a partir do que era em grande parte o passatempo favorito da União Soviética.
Até o surgimento de Fischer, todos os campeões mundiais de 1948 a 1972 falavam russo. Depois de Fischer, que optou por não defender o título e teve que lidar com problemas mentais, o Campeonato Mundial voltou para a União Soviética, através de Anatoly Karpov e depois Garry Kasparov, até que Viswananthan Anand o trouxe para a Índia, onde o xadrez se originou, em 2000.