O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, chegou à Coreia do Norte na sexta-feira, reunindo-se com os líderes militares e políticos da nação eremita, à medida que as ditaduras comunistas aprofundam os seus laços – e o mundo teme a Terceira Guerra Mundial.
O Ministério da Defesa russo anunciou a reunião, mas não especificou com quem Belousov se reuniria, mas sinaliza o mais recente avanço nas relações entre Pyongyang e Moscovo, cerca de um mês depois de a Coreia do Norte ter enviado pelo menos 10.000 soldados para ajudar a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia.
“A Rússia e a Coreia do Norte são bons vizinhos e amigos de longa data”, disse Belousov durante conversações com o ministro da Defesa norte-coreano, No Kwang Chol, na sexta-feira, de acordo com o meio de comunicação estatal russo TASS.
Aconteceu cinco meses depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter visitado o ditador norte-coreano Kim Jong Un em Pyongyang, durante a qual os adversários dos EUA assinaram um tratado que fortaleceu formalmente a sua “parceria”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Nas discussões com o seu homólogo norte-coreano, Belousov enfatizou a importância dessa visita, dizendo que o encontro de Putin com Kim “demonstrou o mais alto nível de confiança mútua” entre os dois inimigos da América, de acordo com a TASS.
“O resultado mais importante da cimeira (de junho) foi a assinatura de um novo documento interestadual fundamental – o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre a Rússia e a Coreia do Norte”, disse o ministro da defesa russo, segundo a TASS.
Em fotos divulgadas pelo Ministério da Defesa russo, Belousov passou por No em um tapete vermelho em um aeroporto de Pyongyang, com oficiais militares norte-coreanos aplaudindo sob uma faixa que dizia: “Total apoio e solidariedade ao exército e ao povo russo em combate”.
O fortalecimento dos laços preocupou profundamente as autoridades e especialistas em defesa dos EUA – com o envio de tropas norte-coreanas para lutar ao lado dos militares russos visto como uma grande escalada na guerra de quase três anos que levou os europeus a fortalecerem as suas defesas por medo de uma maior escalada do conflito.
Documentos secretos revelados na semana passada mostraram que a Alemanha tinha começado a fazer planos sobre como poderia ajudar a enviar até 800 mil soldados da NATO – incluindo americanos – para a Ucrânia, à medida que a guerra da Rússia continuava.
A Suécia e a Noruega também publicaram recentemente panfletos e literatura instruindo os cidadãos sobre como se preparar caso o conflito na Ucrânia se espalhasse para os seus países.
O ex-e futuro presidente Donald Trump alertava regularmente o público em seus comícios de campanha antes das eleições de 2024 que os EUA poderiam estar à beira da Terceira Guerra Mundial, já que três dos principais adversários da América – Rússia, Coreia do Norte e Irã – estão agora ativamente envolvidos em conflitos com aliados dos EUA.